Em breve, num Castelo perto de si...
"Beatriz – Oh pobre de mim! Florian morreu, o meu amante morreu e com ele toda a minha esperança. De que me serve agora estar viva se morreu aquele que era a minha única razão de viver? Oh, que penas inúteis! Que trabalhos desperdiçados! Que infelizes estratagemas de amor! Deixo a minha pátria, abandono a família, visto estas roupas de homem, exponho-me a mil perigos, arrisco a minha vida e tudo por causa de Florian e o meu Florian está morto. Desventurada Beatriz! Como se não bastasse a perda de um irmão, agora perco também um marido. Porque quis Deus que à morte de Frederico sucedesse também a de Florian? Mas se eu fui a causa das suas mortes, se sou eu a culpada, porque não se vingam os céus contra mim? É inútil chorar, não vale a pena argumentar, Florian morreu. Pobre de mim! Sofro de dor. Já não vejo solução. Ídolo meu, caro esposo, vou seguir-te desesperadamente. (Louca de dor, precipita-se para o seu quarto).
Pantaleão, que ouviu com espanto todo o discurso desesperado de Beatriz – Arlequim!
Arlequim – Senhor Pantaleão!
Pantaleão – É uma mulher?
Arlequim – É uma fêmea!
Pantaleão – Coabreca!
Arlequim – Extraordinário!
Pantaleão – Estou completamente baralhado.
Arlequim – E eu estou parvo!
Pantaleão – Vou contar à minha filha. (Sai)
Arlequim – Afinal já não sou servidor de dois patrões, mas sim de um patrão e de uma patroa. (Sai)"
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